“Com o CORPO, eu posso dançar, tocar, cantar, nadar, brincar…
Fazer os movimentos que me apetecer.
Repetir 5, 10 vezes o mesmo movimento.
Saltar, correr, rodar, cair, respirar. Gritar.
Brincar com o chão, o ar, as paredes, o espaço, o tempo, os objectos, os outros.
Brincar com o próprio CORPO, com o movimento.
Cheirar, saborear, ver, ouvir, tocar…
Comunicar…
Fazer de conta, inventar.
Fazer movimentos que nunca fiz.
Tornar-me grande ou pequeno…
Ter várias formas e dimensões.
Criar os meus movimentos.
Grandes, pequenos, lentos, rápidos, livres, controlados, fortes,
leves, redondos ou bicudos.
Como eu quiser…
Sem precisar de mais nada a não ser do CORPO.
Criar ritmos.
Transpirar. Perder o fôlego. Cair no chão…
Sentir-me feliz.
É bom ter um CORPO, um CORPO assim:
Esqueleto, músculos, articulações…
E saber que muitos movimentos são possíveis de realizar e que as
suas combinações são infinitas…
E, por isso, poder dançar, tocar, cantar, nadar, brincar…”
Texto de Margarida Simões, 93
Dinamizadora
Ana Dora Borges – Nasci numa madrugada de Setembro. Aos poucos fui entrando, aprendendo e fazendo (nem sempre por esta ordem), neste imenso mundo que é o da Dança, do Corpo, do Movimento. Caminhei por diferentes linguagens, diferentes lugares, diferentes pessoas. Experimentei novas formas de movimento, de ver o corpo, as pessoas, de ver o espaço e até o tempo. Considero-me uma amadora profissional que adora o cruzamento entre conhecimentos, práticas, metodologias e pessoas, mesmo que nem sempre se revele tarefa fácil ser-se flexível por entre tanto. Facilmente sou inspirada por diferentes tipos de pessoas. Dentro e fora do mundo da dança. Não as consigo nomear a todas. Entre tanto, nasceu o Raúl. 11 anos anos de pura ternura, dores de cabeça, risos, medos, desafios, surpresas. Um dia seremos corajosos o suficiente para viajar por esse Mundo fora…